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LEAF - Entrevista com o Kyo (Fevereiro, 2013)


Kyoto - Lugar onde ele nasceu e cresceu. O que passa por sua cabeça, aqui na cidade cujo nome começa com "Kyo"?


- Na primeira vez em que você apareceu em nossa revista, você visitou o templo Gio-ji. Qual a sua impressão sobre o templo Gio-ji e sobre o castelo Nijo, lugar o qual você escolheu visitar dessa vez?

Kyo: Eu realmente gosto do "jeito japonês" de ver o mundo, coisas como o musgo passam um misterioso sentimento para eles, o que desperta o meu interesse. O musgo no templo de Gio-ji estava muito bonito, muito melhor do que eu esperava que fosse. A silenciosa elegância no meio das montanhas foi algo também bastante agradável e se alguém me dissesse que eu poderia viver lá, eu gostaria de fazê-lo. Eu queria ter ficado por muito mais tempo. Se eu me isolasse lá eu poderia me concentrar em escrever músicas, sinto que eu faria bastante progresso. Há muito tempo eu queria tirar fotos em tal atmosfera. A visão de mundo da banda é novamente algo diferente, mas eu, pessoalmente, estava completamente satisfeito.


- Por que você é tão fascinado pelo "jeito japonês"?

Kyo: As coisas estão sempre indo e vindo, nada se perde completamente. Isso é algo que eu realmente gosto. Por não realmente sair de casa quando eu morava em Kyoto, acabei não visitando o Monte Arashiyama ou o castelo Nijo. Naquela época, eu não tinha interesse em nada além da música e acabei não valorizando coisas que estavam tão perto. Bem, falando francamente eu sou uma pessoa que favorece Kyoto (risos). Eu realmente gosto de Kyoto.


- Se você tivesse a chance, que local você gostaria de visitar no futuro?

Kyo: Por gostar das estátuas de Buda, tirar fotos em frente a estatua de Kannon de mil braços no templo Sanjusangendo é um sonho meu.





- Por favor, nos diga algo sobre o seu 26° single "Rinkaku", que foi lançado no dia 19 de dezembro.

Kyo: No início, o título do single não era "Rinkaku". Rinkaku era o título de uma imagem que eu estava usando como capa para um livro, e foi assim que o nome da música foi escolhido (no Japão é comum adicionar uma capa de papel para proteger o livro e evitar que as pessoas vejam que livro você está lendo).


- Um mundo monocromático, desenhado com um lápis grafite. Essa imagem foi criada por você, certo?

Kyo: Sim. Eu nunca havia desenhado antes. Repentinamente eu queria saber que tipo de imagem eu seria capaz de criar apesar de estar em turnê na América, então eu comecei a desenhar em um caderno de anotações de tamanho grande que eu encontrei na minha bolsa. Eu não sabia como desenhar e eu havia decidido internamente que "se você não for capaz de desenhar propriamente então você não deveria desenhar de maneira alguma", mas depois de calmamente capturar a imagem que eu tinha em minha cabeça no papel, mostrar para as pessoas e pedir suas opiniões a respeito eu cheguei à conclusão de que saber ou não desenhar não importava. Eu tenho uma regra que diz "Conseguir passar a imagem que você tem em mente para o papel, é o suficiente". É uma questão de ficar satisfeito com o resultado ou não.


- Quando você desenha a imagem que você tem em mente passa o mesmo sentimento de quando você escreve letras?

Kyo: Quando se trata de escrever letras, eu uso a imagem que adquiro ao ouvir a música. Desenhos começam do "zero", certo? Isso não significa necessariamente ter que lidar com os sentimentos, mas a imagem que eu nomeei "Rinkaku" foi criada com os sentimentos que eu tinha na época. Entretanto, eu não sei ao certo se isso deveria ser chamado de belo ou grosseiro. Os sentimentos não têm apenas características belas ou feias. Eu acredito ter sido capaz de capturar bem os sentimentos da época.


- Eu ouvi dizer que você não só começou a desenhar mas também começou a tirar fotos monocromáticas.

Kyo: Eu comecei a tirar fotos mesmo antes de começar a desenhar. Eu só tiro fotos de massas, onde você quase não consegue identificar o individuo. Eu despertei interesse nas inúmeras coisas podres deste mundo e por isso eu comecei a tirar fotos. Eu não tenho interesse algum nas coisas que são apenas belas. Decadência, coisas que estão muito próximas de desaparecer completamente, uma beleza única que existe dentro da sujeira... eu gosto de coisas desse tipo. Para mim que até agora não havia feito nada além de música o ano de 2012 trouxe novas formas de expressão como a fotografia e o desenho que me enriqueceu. Haviam várias coisas a serem descobertas.







Notas:

Templo Gio-ji - Um pequeno templo em Kyoto famoso por proporcionar tranquilidade e seu belo jardim de musgo.

Castelo Nijo - É constituído por dois círculos concêntricos de fortificações contendo dois palácios, o Palácio Ninomaru e o Palácio Honmaru, diversos edifícios de apoio e vários jardins. Cobre uma área total de 275 000 m² da qual 8 000 m² é de construções.

Templo Sanjusangendo - é o nome popular para Rengeo-in, um templo no leste de Kyoto que é famoso por conter 1001 estátuas de Kannon, a deusa da misericórdia.


Tradução baseada na tradução para o inglês feita por Takowasara, porém após perceber alguns erros na tradução para o inglês, a tradução para o português foi revisada baseando-se na versão original em Japonês.

Traduzido para o inglês por Takowasara
Traduzido para o português por Uka SABIR BRASIL

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