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Resenha dos shows em Nanba Hatch (Outubro e novembro, 2011)

Primeiramente gostaríamos de agradecer a todos que nos incentivaram e nos desejaram boa sorte no blog e Facebook do SABIR BRASIL. Todo o nosso trabalho é em função da banda e dos fãs brasileiros.

No Japão não é permitido gravar ou tirar fotos dentro da casa de show por isso infelizmente não temos nada além da resenha abaixo e um vídeo de fora da casa de show, da fila do merchandising para oferecer. No entanto, esperamos este relato seja no mínimo informativo para a maioria.


TOUR2011 AGE QUOD AGIS
em Nanba Hatch, Osaka, Japão
31/10 e 01/11/2011



É preciso ressaltar que Osaka é uma cidade pequena e portuária, mas considerando o tamanho do país, é a terceira maior cidade nacional em termos de população, e o seu centro e a região de Nanba contam com várias atrações e facilidades.

Além, disso, Osaka é a cidade natal da banda. Olhando ao redor de Nanba, vendo os prédios de no máximo 4 andares colados uns aos outros, entrecortados pelas ruas com seus mercados populares, os diversos bares de esquina, o Nanba Hatch, as várias lojas de moda, pachinko, e o prédio onde fica localizada a loja de CDs da Tower Record que ocupa os 4 últimos andares de um dos poucos prédios realmente altos da cidade, a nossa imaginação corria solta se perguntando como era a vida dos cinco membros do Dir en grey logo em 1997 quando tudo começou e o quão diferente é a vida agora que eles vivem em Tóquio e fazem carreira internacional.

Voltando para a loja da Tower Records, cada andar é dividido por estilo musical, e vale à pena mencionar que erroneamente fomos para a sessão de rock e quando chegamos lá só tinha bandas de rock internacional, depois de andar todo o andar, voltamos para o andar de Jpop e foi lá, em meio a todas as bandas e artistas populares do Japão, seja rock ou não é que encontramos os CDs do Dir en grey.


O primeiro dia de show em Nanba Hatch (31/10/2011)

Deixando a imaginação de lado, vamos para o show. Não é difícil chegar no Nanba Hatch, através do metro ou até mesmo vindo de outras cidades que ficam há uma ou duas horas de distância. O prédio com a sua arquitetura esquisita, pode ser logo reconhecido à distancia.

Quando chegamos na casa de show às 16hs, uma pequena multidão de fãs japoneses, com um estilo muito parecido com a banda e uma minoria ainda fãs de visual kei já estava presente no local. Subimos a escadaria externa até o 3° andar onde uma pequena fila que dava para uma das entradas do Nanba Hatch, onde os goods desta turnê já estavam sendo vendidos. Um staff com um pequeno alto falante dava instruções em japonês para a platéia. Não tão surpreendentemente assim, alguns já haviam se esgotados. E não podíamos fazer nada para conseguir chegar a tempo, porque simplesmente a hora exata de quando os goods serão vendidos não é divulgada.

Conforme a fila ía entrando no salão que não era onde aconteceria o show, um mostruário ao lado esquerdo exibia os itens à venda e os seus tamanhos, outra mesa dois metros à frente dava para o balcão de vendas, onde três atendentes da Sound Creator vendiam o material. Pegamos o que era do nosso interesse e saímos da fila para o lado direito onde havia uma tela na parede com um slide show com a última foto de estúdio da banda, o nome da turnê e a data do show naquele dia. Mais atrás havia armários com chave para serem alugados pelos fãs que levavam pequenas malas, casacos e outras coisas pessoais e não gostariam de enfrentar a pista em um show. Muitos fãs japoneses estavam tirando foto neste local, próximo a tela.

Do outro lado, à esquerda do balcão de vendas, uma caixa pequena de papelão com um papel A4 colado na frente expunha a caixa de presente. A música ambiente no local era o último álbum, DUM SPIRO SPERO.

Olhando ao redor não havia muita coisa para se fazer agora que o merchadising estava garantido, então saímos do salão e fizemos como os diversos fãs que estava ali, encostados na parede ou sentados no chão, aguardamos pelo horário de abertura das portas para o show.

Conforme o tempo foi passando, mais e mais fãs foram se aglomerando no espaço aberto em frente a escadaria que dava para o quarto andar e na frente da entrada do Nanba no terceiro andar onde nós estávamos. Às 18hs uma massa escura e bem distinta de fãs estava alojada no local. Nesse momento, percebemos que a maioria usava uma camisa e toalha de outra turnê da banda que não era essa, à qual eles já haviam participado no passado.

Como dito antes, a maioria não era visual kei e usava pouca maquiagem, havia também aqueles que usavam roupas da Adidas ou se vestiam que nem o Kaoru. Outros eram visual kei e alguns poucos tinha piercing e tatuagens. A maioria era japonês, mulher e tinha entre os 16-25, uma minoria era estrangeiro e outra minoria tinha mais de 40 anos. Na verdade, a quantidade de homens e mulheres estava balanceada. A surpresa, no entanto foi o publico de 30 à 40 anos que estava presente e uma senhora que até tinha trazido a sua filha de no máximo 12 anos para o show.

Sendo nossa primeira vez lá, não sabíamos como seria a entrada, pelo que lemos na Internet sabíamos apenas que não precisava de fila pra entrar uma vez que um staff chamaria pelo numero do ingresso. As 18h10min por aí, os staffs começaram a trazer barreiras que continham uma plaquinha com um numero cada uma. Logo presumimos que se tratava do número do ingresso. Eles organizaram essas barreiras por ordem crescente, do 0 ao 300, e por aí em diante até o ultimo, de 1600 à seguir.

Conferindo os nossos ingressos paramos em frente a ultima barreira junto com alguns outros fãs e aguardamos. É outono no Japão, portanto não estava tão quente, mas o vento frio do final de tarde que corria a esse horário era tão arrepiante quanto o frio na barriga. De centenas e centenas, o staff foi convidando os fãs da barreira 0 à 300 a subir as escadas em filas e assim por diante até que todos tivessem subido para o quarto andar. E lá havia outra entrada onde em filas os fãs aguardavam o staff chamar de dezena em dezena.

Claramente, quando o nosso número entre os 1800 chegou todos aqueles na nossa frente já haviam entrado e quando o staff chamou a nossa dezena, que entregamos o ingresso e entramos pelas portas laterais do fundo da casa de show com os avisos de "No Dive", um mar de mais de 1800 fãs já estavam na nossa frente.

O Nanba Hatch é uma casa de show que possui camarote e é largo no sentido horizontal. Pelo mapa de assentos disponível no site oficial da casa nos estávamos mais atrás do que deveria ser o nosso lugar realmente. Então resolvemos avançar, o que não foi difícil porque o público japonês se organiza em fileiras horizontais, um ao lado do outro, e deixa um espaço muito grande a sua frente, facilitando o acesso entre o público. O chão da casa de show é dividido em três níveis separado por algumas grades, o mais baixo sendo em frente ao palco e o mais alto no fundo da casa. Assim não importa onde você esteja sempre consegue ver o palco. Quando paramos foi no segundo nível, três ou quatro fileiras na frente do Die e aguardamos. Os instrumentos já estavam no palco, e uma música eletrônica fluía das caixas de som. Uma gravação reproduzia uma voz feminina que dava instruções, bem como nos cinemas, do que não deveria ser feito durante o show. O show era para começar às 19hs e não deve ter passado disso.


O 1° show

As luzes se apagaram e Kyoukotsu no nari começou a tocar. O telão consistia de duas parte, uma imóvel atrás do palco e outra móvel sobre a banda e que dependendo da posição adotava formava um único telão com o primeiro telão mencionado. Dependendo da música, o telão móvel alternava entre os ângulos de 90° à 180°.

Durante a introdução, o telão móvel ficou em um angulo obtuso e os dois telões juntos mostravam a imagem um liquido vermelho que parecia sangue, borbulhante e que quando exibido no telão móvel daquele angulo parecia que estava derramando e que cairia por cima do palco em direção a platéia.

A banda entrou de um à um, primeiro o Die com os braços para cima animando junto com os gritos da platéia, depois o Shinya, Toshiya que também animou um pouco, o Kaoru e depois o Kyo. Todos usando as roupas normais de palco da última turnê e o Kyo desta vez estava usando calças, sem maquiagem e com um sobretudo sobre uma camisa branca simples por baixo. Ele foi até a sua caixa de metal e ficou imovel. O público não parava de gritar, e os gritos mais altos foram para o Kyo.

Assim que a música de introdução acabou, os acordes de Ruten no tou soaram e o público se calou, e levantou os punhos acompanhando o ritmo da música, durante a parte mais rápida da música houve um pequeno bate cabeça seguido por um mexer mais rápido dos punhos. É importante mencionar que logo de início o público parecia bastante animado e unido. A banda parecia animada mas não tao discontraída, um tanto séria.

A segunda música OBSCURE incendiou mais os ânimos, a banda imersa pela fumaça e luzes verde bateu cabeça junto com a pláteia, no verso onde Kyo deveria cantar "Oboiteru no deshou?", a plateia ergia os punhos e gritava "Hey!". Foi assim também em Juuyoku, com destaque para o final do primeiro verso quando todo mundo grita "Aishiteiru" junto ou mais tarde quando todos cantam "Do you love me?" ou com os punhos erguidos repetem "Say What You Like". Resumindo, Juuyoku quebra alguns pescoços.

Toda música era seguida por berros dos fãs após o seu final. E a qualidade de imagem e som era impecável. Assim como o profissionalismo da banda.

Quando LOTUS começou o público se resumiu a cantar em um coro bem audível e balançar os punhos no ritmo da música, no final da música Kyo elevou mais a voz num momento emocionante.

Um momento suficiente para se respirar se passou antes de Akatsuki, onde o publico se resumiu a balançar os punhos. No palco, o telão em 90 graus junto com o imovel formava uma caixa ao redor da banda e jogava algumas imagens de mandalas.

A seguir veio ZAN e a casa parecia que ia cair. O público acompanha o ritmo da bateria com os punhos e logo em seguida se acaba batendo cabeça e alterna assim durante a música. Com destaque para os pulos e gritos durante "Do not obey" e "Psycho". Palmas durante a parte do rap cantado pelo Kyo e depois um bate cabeça insano. Ou seja, ZAN é outra favorita.

Durante AMON o publico teve um comportamento similar, pulando e gritando durante "Prey".

Em Shintaru Morou, o público não teve muita reação, alguns levantavam as mãos mas só a ultima parte da música é que animou o publico que com os punhos erguidos entoavam o "Uh-ah!" cantado pelo backvocal e pulavam. Vale a pena ressaltar que apesar de não lembrar realmente entre quais músicas, o Kyo tentou tirar o casaco duas vezes, tendo uma certa dificuldade conseguindo retirar o mesmo apenas na terceira tentativa, e antes do INWARD SCREAM ele já havia perdido a blusa branca.

Nos segundos seguintes, veio o primeiro INWARD SCREAM e a as luzes se apagaram junto com o telão, todos os outros membros foram engolidos pela escuridão do palco e só o Kyo era visível, em sua caixa metálica, agachado e imerso na fumaça vermelha em função da luz vermelha e branca como um demônio. Esse primeiro INWARD SCREAM parecia mais um mantra, sem muitas alterações de tons ou cacofonias. Assim como o esperado o público permaneceu em silêncio exceto por uma menina que gritou algo de propósito, mas que foi ignorada pela maioria assim como pela banda. No palco Kyo continuou o seu mantra, enquanto contorcia o corpo às vezes bruscamente junto com o movimento suave das mãos. O microfone era esquecido sobre a caixa e ele brincava com o jogo de ecos e sobreposições da sua voz ao longe. Quando ele ficou em pé, bateu um pé sobre a grade da caixa.

Antes que ele parecesse ter acabado com o seu solo, THE BLOSSOMING BEELZEBUB começou a tocar no fundo e o palco se iluminou um pouco. No telão imagem de vermes se debatendo. O publico permaneceu quieto durante essa música e a próxima mazohyst of decadence, apenas observando. E Kyo continuou a sua performance com os braços agora cantando com o microfone.

mazohyst of decadence possui letras e enceramento novo. Uma alteração na linha da Zakuro tocada na turnê PARADOX OF RETALIATION.

Na nova Tsumi to Batsu o telão em 180 graus fica mostrando trechos da letra em japonês em fonte vermelha e tremida. Durante o refrão o público acompanha com os punhos. No final da música Kyo fica a repetir "Ningen (Humanos)" e aponta para o publico, quando todos os instrumentos estão quietos.

Então entra o segundo INWARD SCREAM que é mais movimentado que o primeiro com mais alterações no vocal, mais berros, mais sorrisos, uma batida lenta de tambor ao fundo em um trecho lembra os tambores do taiko. Um efeito lembra uma flauta. A escuridão vermelha e macabra volta a rodeá-lo. Assim como no primeiro, batidas de pé, contorções e olhares insanos são partes da performance do vocalista. O telão mostrava uma visão aproximada do rosto dele sob ângulos imperfeitos.

DREAMBOX começou ao fundo e deu asas ao bate cabeça insano do vocalista e da platéia. O resto da música foi seguido pelos punhos e cabeça.

DIFFERENT SENSE veio a seguir e assim como ZAN é uma das preferidas da galera que bate cabeça nas partes rápidas e grita/pula junto com o backvocal e canta o refrão.

Durante essa música o Toshiya arrebenta com os berros do backvocals. O "Live Trough This World" é entoado pelos fãs e encorajado pelo Kyo.

No mesmo pique veio DECAYED CROW, sem dá tempo pros fãs respirarem.

Hageshisa é o novo hino, e assim todos a cantam de forma audível e Kyo pára de cantar algumas vezes para permitir o coro. O bate cabeça é tão intenso quanto nas duas músicas anteriores. O "side" de "The other side of death" é gritado pelos fãs que pulam. Depois do "Destroy" todos balançam a cabeça junto e é bonito de se ver. O "Show me your ledwe self" é entoado e encorajado por Kyo. Aqui muitos aplausos se seguem e a banda, faz uma pausa saindo do palco por alguns instantes.

O público começa a entoar o "encore" seguido por palmas e permanece assim dividido entre os dois lados da platéia antes de se tornar um só, e mais alto. Uma pequena luz vermelha em um lado do palco parece ditar o momento em que a banda entrará no palco e assim todos começam a gritar novamente.

Gaika começou a tocar e o público continua no frenesi de antes do encore, batendo a cabeça insanamente.

ASOM veio a seguir sem intervalos. Assim como em OBSCURE o publico ergue os punhos e grita "Hey". "Joy" é gritado/pulado. O inicio de STUCK MAN reduziou um pouco os ânimos. E o publico passou a pular mais que bater cabeça. "Heil Jap" é gritado/pulado. "But this is a fact" é entoado.

Reiketsu Nariseba acelerou novamente os ânimos. "Suck" é pulado/gritado. Durante o mantra, Kyo sobe na caixa e fica de costas para o público, pondo as mãos nos ouvido incentivando o publico a gritar cada vez mais alto por alguns momentos antes de destruir tudo. A penúltima ultima frase da música é berrada por todos.

Antes de prosseguir para a última música, a banda pára alguns segundos para recuperar o fôlego sem sair do palco. Kyo vai até a caixa e todos se calam, ele olha e aponta para todos os cantos da casa de show, fundo, camarote, o seu lado esquerdo, o seu lado direito, aqueles a sua frente e pergunta a cada um "Ikeru ka? (Vocês estão prontos?/Vamos nessa?!)" de forma mais afobada e todos tentam gritar cada vez mais alto. Depois ele pergunta aos homens e todos os homens da casa respondem do mesmo jeito. E então as mulheres que não deixam por menos.

Ele anuncia "Last song" e antes de prosseguir ele berra o chamado para todos que vão a loucura junto com ele e então começa a nova Rasestukoku já no embalo. Todos os braços se erguem até o bate cabeça intenso. Vários berros e pulos se seguem em vários momentos da música. A insanidade prossegue até o final.

A bateria é prolongada e dita o final do show com a sua ultima batida. Os membros aplaudem, e virse-versa faz o publico ainda eufórico e gritando. Kyo é o primeiro a sair depois de aplaudir o publico e "regá-lo" com goles da sua garrafa de água. Die e Kaoru invertem os lados e são aplaudidos enquanto se despedem jogando as palhetas. Toshiya sobe na caixa do Kyo e se depede em meio as palmas e assim faz Shinya, jogando o seu par de baquetas. Eles ainda enrolam um pouco no palco antes de sair jogando a água das suas garrafas no publico, e também as próprias garrafas, toalhas e camisa. Die é o que sai por ultimo, o tempo todo sorridente.


O 2° show

No segundo dia, assim como no primeiro dia todo o processo de entrada na casa de show foi o mesmo. Por isso, comprar os ingressos na pré-venda ou logo no início das vendas faz toda a diferença se você quer ficar na grade ou perto dela nos shows no Japão. Neste dia, havia uma mesa de vendas da Miyako Music Store com alguns CDs, DVDs e photobooks da banda logo na entrada da casa de show. Tanto o comportamento dos fãs como da banda em como reagir as músicas foi semelhante (às vezes menos intenso conforme ressaltado abaixo), portanto, é aconselhável que vocês tenham lido a resenha do primeiro show acima, uma vez que a resenha a seguir não entra nestes detalhes repetitivos. Toda produção de palco também foi a mesma do primeiro dia.

Uma vez dentro, fizemos o nosso caminho até o mesmo local na direção do Die que ficamos no dia anterior e aguardamos, pois tínhamos a certeza de que durante o primeiro dia Die havia percebido a nossa presença. Desta vez, três meninas comentaram algo quando nos alojamos ao lado delas, em um sinal de desaprovo mas nada mais foi dito para nós. Momentos depois quando a música de introdução começou essas três meninas começaram a gritar de uma forma muito escandalosa e chamativa, e algumas das pessoas ao redor delas se afastaram. Então nós percebemos que uma delas tinha sido aquela que havia gritado durante o INWARD SCREAM no show do dia anterior.

Continuando com o show, após todos os membros terem entrada no palco como de costume, THE BLOSSOMING BEELZEBOO começou e percebemos que neste show Kyo estava usando a mesma roupa do dia anterior mas sem a blusa branca por baixo do casaco que estava aberto, e a máscara japonesa que ele usa normalmente durante as apresentações de HYDRA 666. O público permaneceu quieto observando a performance da banda, Kyo bastante expressivo com o corpo, e todos os outros concentrados no seu instrumento. Durante essa música Kyo ficou fazendo gestos de como se estivesse pegando algo para comer. E passando a mão na barriga como se estivesse "gravido".

Ao que parecia, a banda de início estava muito mais animada do que estava no começo do dia anterior.

Logo após veio OBSCURE que assim como no dia anterior animou a casa, porém o público desta vez parecia dividido, entre aqueles que como no primeiro dia estavam dando tudo de si, aqueles que se comportavam como em shows de bandas visual kei, fazendo movimentos coreografados, e aqueles que ficavam parados apenas observando. Esse sentimento permaneceu durante as próximas músicas DIFFERENT SENSE, LOTUS, Akatsuki, Ruten no Tou, AMON, Shitataru Mourou, o primeiro INWARD SCREAM (que foi mais movimentado que o do primeiro dia, mas na mesma linha), Tsumi to Batsu, mazohyst of decadence e o segundo INWARD SCREAM, onde Kyo derrubou o microfone várias vezes de propósito.

É claro que durante as músicas mais rápidas destas que foram mencionadas o público se animava mais, porém a união estava instável. Isso, no entanto, não afetou o desempenho da banda que continuou animada e profissional. Die estava dividindo mais os backvocals com Toshiya nesse segundo dia, e Toshiya estava um pouco rouco.

Nas músicas seguintes "Yokusou ni Dreambox" Aruiwa Seijuku no Rinen to Tsumetai Ame, Juuyoku, DECAYED CROW, Rasetsukoku e Hageshisa to, Kono Mune no Naka de Karamitsuita Shakunetsu no Yami foi que o publico pareceu reagir melhor, adotando a mesma postura do dia anterior e pulando bastante. Não antes de Kyo e Kaoru virem para o lado direito do palco, cada um ao seu tempo, consequentemente, para incitar os ânimos. Kyo brevemente e Kaoru por alguns momentos, enquanto encarava o público e gesticulava com uma mão chamando o público para se movimentar mais. Seja esse o motivo ou não, a parte final antes do encore foi tão animada quanto a do dia anterior.

Ao final de Hageshisa to..., a banda deixou o palco e o publico se propôs a pedir pelo encore pelos próximos 10 minutos assim com no dia anterior. Quando a banda voltou o público ainda estava na pilha de momentos antes e RED SOIL, REPETITION OF HATRED, AGITATED SCREAMS OF MAGGOTS e Reiketsu Nariseba seguiram o mesmo ritmo.

Antes da última música, Kyo voltou a repetir o ritual do show anterior subindo na sua caixa metálica, encarando o publico e perguntando se eles estavam prontos, cada uma ao seu tempo. Quando todos estavam gritando junto com ele, ZAN começou. Quando ela acabou, Kyo ficou sentado em frente a bateria por um bom tempo exausto, enquanto os outros membros se despediam, jogavam palhetas e baquetas e jogavam água das suas garrafas de plástico exprimidas sobre a platéia. A versão instrumental de VANITAS tocava ao fundo e em meio à muitos gritos e aplausos, todos os membros se despediram um à um antes de desaparecer pela saída do palco. Toshiya tirando a camisa no caminho. E quando restavam apenas Die e Kyo, o último se levantou, e com ele foi junto os gritos do publico. Ao perceber isso, Kyo sorriu pondo a mão ao lado do ouvido como quem diz "O quê? Não estou ouvindo, mais alto!" e a cada gesto dele, cada vez mais alto gritava o público. Quando ele retirou a mão e levou o microfone até a boca, os gritos diminuíram curiosos. Kyo sorriu e disse "Falta só mais um pouco para nos encontrarmos novamente portanto não tem problema" se referindo ao show no ano que vem no Osaka jo Hall. Todos riram, e com mais alguns gestos ele se despediu e saiu do palco. Die que sorridente ainda andava de um lado para o outro jogando pequenas lembranças para os fãs, demorou uns instantes a mais antes de repetir o trajeto seguido pelos outros membros.


Nos dois dias, muitos fãs passaram mal após o show. Incapazes de levantar do chão eles tinham que ser retirado pelos staffs da casa de show. Os dois shows foram intensos, apesar do segundo ter tido um começo menos animado.

Uma coisa que vale ressaltar é que apesar da banda dar o seu melhor em cada show, o diferencial dos shows no Japão é que a qualidade de som e de produção do palco é bem melhor e a interação da banda com o público é bem mais próxima.

Esperamos que esta resenha tenha sido interessantes para a maioria e pedimos desculpas pela imparcialidade e comprimento do texto.

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